30/04/2025
DR. RESPONDE - Minha filha tem miocardiopatia hipertrófica. Por que, quando ela se cansa e fica cianótica, a saturação não cai?

Determinadas cardiopatias congênitas exigem correção cirúrgica específica, principalmente quando se trata da colocação de tubos valvados entre o coração e os vasos da base, com ênfase nas artérias pulmonares. Essas anomalias incluem condições complexas como a atresia valvar pulmonar, o tronco arterial comum, a tetralogia de Fallot, e outras cardiopatias complexas que resultam na ausência de conexão adequada entre essas estruturas vitais. O tubo valvado utilizado nesses casos é formado por uma estrutura plástica ou orgânica, na qual uma valva biológica é inserida para permitir a passagem do sangue de maneira eficiente. Ao longo do tempo, especialmente após as cirurgias realizadas em crianças, o tubo sofre um processo de diminuição progressiva de tamanho devido ao crescimento do paciente, enquanto a valva, sujeita à calcificação, perde sua função, comprometendo a eficiência do fluxo sanguíneo nas cavidades e artérias pulmonares. Isso torna necessária a troca do tubo valvado em intervalos regulares, sendo que, em muitos casos, a substituição precisa ocorrer de duas a quatro vezes durante a infância. Nos pacientes adultos ou em jovens que já têm um tubo de tamanho maior, mais adequado ao seu crescimento, a necessidade de troca se reduz consideravelmente, sendo esse procedimento considerado mais definitivo. No entanto, quando se torna necessária uma nova intervenção em pacientes mais velhos, a substituição do tubo valvado pode ser realizada por meio de cateterismo cardíaco. Isso ocorre devido à limitação de substituição apenas da valva deteriorada pela calcificação excessiva, sem a necessidade de uma cirurgia invasiva. Em crianças, no entanto, o tubo precisa ser trocado periodicamente devido ao seu desenvolvimento físico contínuo, o que exige o método cirúrgico para garantir que o tubo continue proporcional ao crescimento das artérias pulmonares.