01/09/2014
Você sabe o que é Cardiopatia?
Entenda um pouco mais sobre o assunto com o texto do Dr. Marcelo Jatene, Cirurgião Cardíaco Pediátrico.

Qualquer doença do coração é conhecida como cardiopatia. Elas podem aparecer em diferentes partes do órgão, como nas válvulas, nas artérias ou veias, ou até mesmo no músculo cardíaco.
Podem ser adquiridas no decorrer da vida ou já desenvolvidas desde a concepção,
o que faz com que alguns bebês já nasçam com a doença; nesse caso, elas são
conhecidas como cardiopatias congênitas. Na maioria das vezes, não se consegue
identificar as causas, porém,algumas situações
costumam ser mais frequentes, como a presença de algumas doenças infecciosas
durante a gravidez.
Por volta da vigésima semana de gestação é possível
diagnosticar, por meio de uma ecocardiografia fetal, se o bebê apresenta algum
tipo de cardiopatia. Dessa forma, os médicos já podem tomar as providências
necessárias para atender e tratar o bebê durante a gravidez e logo após o
parto.
Os sintomas mais frequentes das cardiopatias
congênitas são o cansaço e a cianose (lábio e extremidades arroxeadas), que
podem aparecer no primeiro dia de vida ou semanas mais tarde.
Os tratamentos são variados, passando por remédios,
cirurgias de coração, cateterismo ou até mesmo o transplante de coração. Há
casos mais graves em que não há tempo para esperar: o transplante precisa ser
realizado logo nos primeiros dias de vida do bebê. Em outras situações, os
bebês podem ser tratados por meio de remédios durante um período inicial, até
que seu organismo esteja preparado para receber o novo órgão.
No caso das cardiopatias adquiridas, não há regras
em relação à época em que a doença aparece, variando conforme o tipo de
cardiopatia. Por exemplo, quando ocorre doença nas artérias coronárias, esta
costuma ser mais frequente em adultos acima de 40 anos, mais comum quando
existe hipertensão arterial e problemas de colesterol.
No que diz respeito ao transplante é importante
lembrar que, nos três primeiros meses após o transplante, é preciso voltar ao
médico duas vezes por semana, para fazer o acompanhamento. Depois, a frequência
mínima é de uma vez por mês.
Estudos brasileiros mostram que a cada 1.000
crianças nascidas vivas, seis a oito apresentam algum tipo de cardiopatia.