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29/07/2021

DR. RESPONDE - Nessa edição, Dr. Edmar esclarece dúvida sobre o uso do medicamento MAREVAN e a vacina de COVID-19

Meu filho toma Marevan, tenho medo de dar a vacina da COVID-19, pois temo que tenha trombose, o que faço?

Introdução
A verificação de trombose após a aplicação da vacina contra a COVID-19 tem preocupado a população em geral durante este ano de 2021. Este fato contraria a efetividade plena da vacina em vista de que, teoricamente, deveria ser ela exclusivamente protetora e não complicadora. Daí, houve a devida mobilização em torno da incidência e da gravidade desse fenômeno observado.

Mecanismo da trombose após a vacina
Assim como o imunizante da vacina da Janssen, o da AstraZeneca também é feito com um adenovírus enfraquecido, que carrega consigo o material genético do  Sars-CoV-2  a fim de ?instruir? nosso sistema imunológico a combater o vírus causador da COVID-19. O que se sabe sobre a síndrome de trombose com trombocitopenia associada e provocada pelas vacinas é que os anticorpos produzidos após a inoculação podem se ligar a células saudáveis do corpo, estimulando a junção de plaquetas e diminuindo o número dessas células sanguíneas ? também conhecidas como trombócitos. Daí o nome trombocitopenia, que significa redução de trombócitos. Essa união de plaquetas pode gerar coágulos (ou trombos), que ameaçam obstruir veias e artérias.

Probabilidade da ocorrência da trombose
Segundo a AstraZeneca, estima-se que dos 36 milhões de brasileiros que já tenham recebido ao menos uma dose do produto feito pela Fundação (Fiocruz), registram-se até o momento apenas 16 relatos de possíveis casos de trombose com trombocitopenia associados à vacina no nosso país. Isso representa 0,00004% dos imunizados. Um estudo publicado em abril no periódico British Medical Journal estima que, no Reino Unido, a vacina da AstraZeneca esteja ligada a uma probabilidade de um episódio trombogênico a cada 250 mil pessoas vacinadas.

Relação da ocorrência da trombose dentre as diferentes vacinas 
De acordo com dados divulgados pelas próprias farmacêuticas, a vacina da AstraZeneca registrou média de 8 casos de trombose para cada milhão de pessoas vacinadas, a da Pfizer registrou 1,3 casos para cada milhão, e a da Janssen, 2,1 casos para cada milhão de vacinados. Números estes, que segundo especialistas, são muito baixos.

Relação de trombose provocada por outras causas
O risco constatado de trombose após as referidas vacinas seria menor, por exemplo, do que em mulheres que usam pílula anticoncepcional, dentre as quais cinco a cada 10 mil podem ter trombose (50 casos para cada 1 milhão de pessoas). Entre os fumantes, esse número sobe ainda mais: 18 a cada 10 mil estão sujeitos a desenvolver a condição. Em voos com mais de 8 horas de duração são verificados 217 casos para cada 1 milhão de pessoas.
Ainda mais, com dados de que cerca de 30% dos pacientes internados em Centros de Tratamento Intensivo, e de 3 a 10% dos pacientes internados em enfermarias nos hospitais, podem desenvolver trombose, especialistas reforçam a incidência pequena do risco de trombose e a importância da vacina contra a COVID-19. E salientam ainda de que "Ao que parece, essa resposta é imunológica e pessoal". Em resumo, a vacina é muito mais segura do que ficar exposto à COVID-19.

Relação do uso de anticoagulante prévio à vacinação contra COVID-19
Ademais, respondendo à pergunta específica do uso de anticoagulante (Marevan) e possível relação com trombose após a tomada da vacina, pode-se afirmar que o anticoagulante em uso teoricamente causa proteção contra a trombose. A varfarina (Marevan) inibe a síntese de fatores de coagulação dependentes da vitamina K, dos fatores II, VII, IX e X e das proteínas anticoagulantes C e S. Dessa maneira, em seu mecanismo anticoagulante, ela previne a agregação das plaquetas e a formação de coágulos.
Assim, a verdadeira preocupação nesse sentido, conforme também orienta a bula das vacinas se refere a que pessoas com trombocitopenia, distúrbios da coagulação ou em terapia anticoagulante podem, sim, ter sangramentos e hematoma após a injeção intramuscular. Para evitar isso, basta pressionar o local por tempo correspondente a 5 minutos que a proteção seria adequada para se evitar hemorragias.

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