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07/04/2023

DR. RESPONDE - Nessa edição, Dr. Edmar explica: Quando é que acontece de um cardíaco que está na fila de transplante, ter a possibilidade de sair da fila e realizar o tratamento somente com medicamentos?


   Quando é que acontece de um cardíaco que está na fila de transplante, ter a possibilidade de sair da fila e realizar o tratamento somente com medicamentos?

Muitos são os parâmetros que orientam a indicação de encaminhar um paciente ao tratamento radical do transplante cardíaco. O retrocesso dessa escolha deve-se teoricamente à reversão desses indicadores.

Considera-se em linhas gerais que um paciente deva ser submetido a um tratamento radical de transplante cardíaco quando sua condição clínica se torna extremamente limitada, como com cansaço físico surgindo a mínimos esforços, ao dar poucos passos ou mesmo surgir sem nenhum esforço.

A esse quadro corresponde pacientes em classe funcional clínica grau IV, conforme classificação da New York Heart Association (NYHA). Nessa condição, o coração não consegue impulsionar à circulação o volume adequado de sangue a poder satisfazer as necessidades básicas do organismo como um todo. Nesse ínterim, o coração aumenta de tamanho, exteriorizado no próprio exame clínico, na radiografia de tórax e em outros exames de imagem como no ecocardiograma.

A presença da disfunção do músculo cardíaco é a responsável pela dilatação cardíaca, quando ela se torna menor que 20%, lembrando que o valor normal seja de 60%. Ademais, esse quadro também exterioriza uma capacidade cardiovascular funcional baixa, em avaliação de estudos pela inferência do exercício físico.

Os músculos do organismo sofrem e daí a elevação da creatinofosfoquinase que eles próprios armazenam, e o peptídeo natriurético cerebral presente também no coração, de igual modo.

Esse contexto de elementos indicativos ao transplante cardíaco facilmente se entende que possa ser revertido, quando esses dados voltem a uma condição aceitável, como o viver com maior expansão física, em momento que a função cardíaca se mantém em nível maior, acima de cerca de 30%.

Muito voga a análise global do quadro clínico, assim como as perspectivas de cada paciente, analisadas como um todo.

A reversão e melhora obtida dependem de muitos fatores. Torna-se capital para tal reversão ocorrer, que o tratamento instituído seja seguido à risca e que algum processo orgânico seja amenizado como a inflamação cardíaca concomitante.


Prof. Dr. Edmar Atik
Médico do Centro de Cardiologia do Hospital Sírio-Libanês - Professor Livre-Docente de Cardiologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo 

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